Internet das Coisas: tudo que você precisa saber sobre a implementação da tecnologia no país.
A Internet das Coisas (do inglês, Internet of Things – IoT) é a conexão entre máquinas a partir de uma rede, automatizando e adaptando objetos e equipamentos para armazenarem e executarem diferentes ações e funções por meio da conectividade. Ou seja, a IoT é a automação e a criação de objetos inteligentes para auxiliarem, facilitarem e promoverem maior qualidade de vida e de trabalho e avanços científicos.
Desde um smartwatch (relógio inteligente) que monitora seus passos e recebe mensagens, até lâmpadas que são controladas por aplicativos e fechaduras que são acionadas pelo celular, a IoT já é realidade para muitos dos brasileiros e está presente em diferentes cenários.
No Brasil, há um grande movimento para o avanço da implementação de IoT para auxiliar na qualidade de vida dos cidadãos e no desenvolvimento científico e tecnológico. Para isso, planos, leis e metas vêm sendo elaboradas com o intuito de fomentar o investimento e aplicação da Internet das Coisas no país.
Plano Nacional de Internet das Coisas
Instituído no Decreto 9.854/2019, o Plano Nacional de Internet das Coisas busca implementar e desenvolver a IoT no país, com base na livre concorrência e na livre circulação de dados, observadas as diretrizes de segurança da informação e de proteção de dados pessoais.
O decreto apresenta uma série de objetivos para a implementação dessa tecnologia:
- utilizar a implementação da IoT para melhorar a qualidade de vida e promover ganhos de eficiência nos serviços;
- promover um ecossistema de inovação no setor;
- aumentar a integração do país no cenário internacional;
- promover a capacitação profissional relacionada ao desenvolvimento de aplicações de Internet das Coisas;
- gerar empregos na economia digital
- buscar parcerias com os setores público e privado para a implementação da IoT.
O Plano Nacional também define que o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) é o responsável por estabelecer as áreas prioritárias para aplicações de soluções de IoT, além dos ambientes de saúde, cidades, indústrias e rurais, já definidos no decreto.
Ademais, o decreto estabelece a criação de projetos mobilizadores para auxiliarem e facilitarem a implementação do Plando de IdC, a serem coordenados pelo MCTI, como a criação de plataformas de inovação em IoT, centros de competência para tecnologias habilitadoras em Internet das Coisas e a criação de um Observatório Nacional para o Acompanhamento da Transformação Digital.
O decreto também determina a criação da Câmara de Gestão e Acompanhamento do Desenvolvimento de Sistemas de Comunicação Máquina a Máquina e Internet das Coisas – Câmara IoT, um órgão de assessoramento destinado a implementação do Plano Nacional de Internet das Coisas.
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Lei da Internet das Coisas
Em 1° de janeiro de 2021, entrou em vigor a Lei 14.108/2020, uma lei de direito tributário que ficou conhecida como a lei da Internet das Coisas .
A lei ficou conhecida dessa forma por reduzir para 0% a alíquota da taxa de fiscalização de Instalação, da contribuição para o fomento da radiodifusão pública, da taxa de fiscalização de funcionamento e da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica (Condecine) das estações de telecomunicações que integrem sistemas de comunicação máquina a máquina, e sobre a dispensa de licenciamento de funcionamento prévio dessas estações.
Fundo de Investimento em IoT
No dia 12 de maio deste ano, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Qualcom Ventures e a Indicator Capital lançaram o Fundo Indicator 2 IoT FIP de venture capital, o primeiro fundo de investimento em IoT no Brasil.
O fundo foi anunciado com captação de R$ 240 milhões e conta com outros investidores como o Banco do Brasil, a Multilaser, a Motorola, a Lenovo e a Telefônica. O objetivo é investir em até 30 startups- empresas em estágio inicial, que desenvolvem soluções relacionadas a Internet das Coisas e conectividade.
O Fundo de Investimento também é parte das ações alinhadas ao Plano de Idc.
Centro de Referência IoT e Tecnologias 4.0
No final de abril deste ano foi inaugurado o Centro de Referência IoT e Tecnologias 4.0, um espaço destinado a demonstrações práticas de tecnologias que fazem uso da internet das coisas. O espaço localizado em Sorocaba, interior de São Paulo, é parte do Acordo de Cooperação Técnica entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o Centro Universitário Facens e o Parque Tecnológico de Sorocaba.
O centro de referência oferecerá programas para a promoção do ensino, formação, popularização e divulgação da ciência e tecnologia no país, promovendo o desenvolvimento e o acesso a novas tecnologias.
Chegada do 5G
Com a perspectiva de lançamento no Brasil em 2022, a tecnologia 5G promete revolucionar as telecomunicações e facilitar a aplicação e implementação da Internet das Coisas.
Especialistas em tecnologia acreditam que o 5G é um dos meios para tornar a IoT ainda mais ágil e acessível, permitindo que mais objetos e equipamentos sejam adaptados para o mundo da automação.
Segurança
De acordo com uma pesquisa realizada pela 451 Research, 55% dos profissionais de TI colocam a segurança como principal prioridade quando o assunto é Internet das Coisas. O dado é uma demonstração do quanto é importante investir na cibersegurança para implementação de IoT.
Com mais dispositivos e máquinas conectadas, maior é a quantidade de dados compartilhados e maiores as oportunidades para hackers encontrarem brechas no ecossistema de Internet das Coisas.
Portanto, ao investir em IoT, é essencial que haja investimento em segurança digital como implementação de criptografia, antivírus, dupla verificação, dados de login fortes e atualizações de software.
Este texto é parte de uma série de três publicações em virtude do Dia Mundial da Internet, celebrado no dia 17 de maio.
Confira o nosso texto sobre a democratização do acesso à internet no Brasil e o texto sobre as etapas da web e a evolução da segurança da informação.